quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Nunca poderei te ter




Dentro de um vazio tão profundo,
vive uma solidão tão só e perdida
que não existe nada maior no mundo
que a dor que suporta esta vida.

Cheia de flor e vigor a transbordar,
vivia essa árvore, que de repente se foi,
padeceu no culminar da sua existência,
a árvore da esperança, sem saber amar.

E agora é igual, prazer ou dor,
dia ou noite, luz ou escuridão,
vida ou morte, no azar ou sorte do amor,
com carinho ou desprezo, com sentido ou em vão.

Vagueio por aí na ânsia de te encontrar,
nem que seja por meio segundo,
vivo do que não tenho nem poderei comprar,
vivo na fugaz esperança do mais vil moribundo.

Nossos caminhos jamais se cruzarão,
nem que mil anos passassem em nossas vidas,
não poderia sentir o teu calor no meu coração.
Nunca chegarei a ti, as escadas estão partidas.

Comentários
1 Comentários

1 comentários:

Amanda disse...

Lindo poema

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